História do Bairro
COMO TUDO COMEÇOU.
A historia do nosso bairro inicia-se com a chegada de seus primeiros moradores, em 1845, chegava ao Ceará, precisamente num lugarejo denominado Lagoa dos cachorros. (hoje boa vista ) , o senhor Manuel da Silva Dantas, natural de Serra das Antas – RN Chegando aqui constituiu família, viviam de pequenas plantações e do corte da madeira para lenha, moravam numa casa de taipa, no ano de 1877, nosso estado era castigado pela seca, lagoas salgadas, cacimbas secaram e o pouco de água ao qual conseguiam era Salgada impróprias para o consumo, e nessa época nasceu um dos filhos de seu Manuel, de nome Pedro Dantas, personagem este, que iniciou a historia da paróquia São Francisco de Assis, no bairro Dias Macedo e a devoção e a fé do santo protetor dos pobres.
O seu Manuel ficou sabendo que no Mata Galinha (hoje Dias Macedo), havia uma cacimba chamada Caraúbas que nunca havia secado, pois tinha três olhos d água seu Manuel pediu ao seu compadre Tomaz Lourenço da Silva, primeiro dono dessas terras, Um lugar para morar e que fosse perto da cacimba Caraúbas, mandou que ele escolhesse, O local para construir o local para construir a sua casa e que também usasse as terras para as suas plantações e que isto seria um presente para seu afilhado Pedro.
O seu Manuel e dona Maria Joaquina, sua esposa, tiveram sete filhos de nomes: Serafim, Manuel, Verônica, Antônia, Chagas, Pedro e Joaquim, estes mais moços, levavam para a cidade duas cargas de lenha nos dias de quarta-feira e no sábado onde vendiam a cinco patacas ou mil e seiscentos réis. Na quarta-feira compravam a mistura da semana e ainda juntavam dinheiro para comprar roupas e calçados.
Após fixar moradia no mata galinha e alguns anos depois da morte de seu Manuel, o único a continuar nas terras foi o velho Pedro Dantas, onde constituiu sua família. Tomaz Lourenço, seu padrinho e o qual doaram as terras, mas não fez em escrituras, havia dado um desfalque na prefeitura, e seus foram seqüestrados e publicados a venda em ata publica.
Vindos do amazonas, Chiquinho e Janjão, arremataram as terras, estes filhos de Tomaz Lourenço. Arremataram por trinta contos e dividiram entre três irmãos. O Sr. Francisquinho, um dos irmãos e compadre de Pedro Dantas, em meados de 1913, chamou e lhe disse que como tinha muitos filhos e eles poderiam fazer questão pelas terras, para irem juntos ao cartório na Parangaba e fazerem a doação a São Francisco.
Pedro Dantas foi o fundador do antigo Mata Galinha, segundo um de seus filhos de nome Joaquim, conhecido também com Quincas, conta-se que no riacho onde hoje é localizada a ponte da Avenida Alberto Craveiro (conhecido antigamente como lagoa dos cachorros), um homem carregava nos ombros um galão de galinhas e devido as fortes correntezas do riacho, o tal homem tentava atravessá-lo. Então as galinhas foram levadas pela correnteza enquanto isso, este tentava escapar agarrado a um cipó, daí o nome Mata Galinha.
Obs.:
O bairro Mata Galinha começou com a chegada de uma das primeiras famílias dos Oliveiras. E estas terras que se estendia até a lagoa do Opaia pertenciam à família Oliveira e no período da 2º guerra o governo confiscou uma grande parte de suas propriedades para construção da nova base aérea. Que antes era instalada no campo
Do Pici.
Segundo o poeta Otacílio de Freitas em seu livro “fortaleza descalça” escreve que entre os anos de 1915 e 1918, ia sempre ao Mata Galinha uma grande comitiva de.
Músicos e descrevem alguns daquela época dentre eles: Rossini Silva (violonista), Artur Fernandes, Edgar Nunes (violonista), Aristides Rocha (piston), Antonio Moreira, Júlio Azevedo, Alfredo Martins, e Boanerges Gomes (contra-baixista).
Iam todos a pé, pois não tinham transporte para a localidade e que lá chegando encontravam Joaquim Nogueira Dantas (Quincas) que também era violonista, teatrólogo, escritor e diretor de teatro. Suas irmãs e irmãos: Joaninha Dantas, Francisquinha Dantas, Maria do Carmo, Manuel Dantas, Mariinha, Maria Dantas, Raimundo Dantas, Jose Nogueira Dantas, filhos de seu Pedro, e o amigo Zorrillo de Almeida (Zuzu), todos amantes da música. Os encontros aconteciam na casa grande,
Nos finais de semana aonde chegava abrigar até vinte pessoas que vinham do centro da Fortaleza Antiga.
Conta-nos Otacílio em seu livro que Pedro Dantas, era pacato, bonachão, alegre, inteligente e espirituoso, e ainda pó cima milagroso, pois na maneira de cristo, dava almoços e jantares a vinte ou a mais pessoas que ali aparecessem e com o mesmo sorriso e simpatia, ele nos contava que o Mata Galinha era uma mata fechada e que existia uma casinha aqui e outra ali, que eram cobertas de palha e tudo despovoado. Em homenagem a São Francisco, foi construída uma capela coberta de zinco, onde costumava rezar o terço em família e onde também começaria a devoção ao santo dos pobres.
Em 1913, foi construído um chalé e o senhor Francisquinho mudou-se para ele, onde toda a noite ia rezar na capela e ficava na casa de seu Pedro até as 9:00 hs da noite. Ele foi um grande benfeitor da nova capela de alvenaria ficando esta capela por vários anos a serviço da comunidade do dias Macedo e dos bairros vizinhos até ser construída à paróquia de São Francisco.